1. |
A Polícia da Dúvida
01:04
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A polícia da dúvida
Tá de banho tomado
Tá morrendo de medo
Tá virando piada de botequim
Tá com a perna quebrada e foge de mim
Quando vai fazer feira já é normal
Deve ser brincadeira
Deve ser paralisante
Vá com Deus, segue o Caos
Era pra ver cê gargalhar
Paz
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2. |
Delilírio
02:02
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Delilírio, lírio delirável
Doses de conhaque, dúzia
Contramão
Faz careta, próxima parada
Vespertina, fino DDD
Delilírio!!!
Delilírio, crivo triturado
Leque de recado, 11 da manhã
Frente fria, cálculo binário
No molejo vou pagar pra ver
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3. |
Mesmo Sem Direção
02:23
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Enquanto Deus trabalha a gente faz churrasco
Contando com a sorte e fé
Enquanto a gente nasce as ovelhas dormem
Imitando Arthur Rimbaud
Now
I wait for the sign from
Now
Entramos de vez
No Tao
Acaba a pilha
Tchau
Que maravilha
Nem
Uma armadilha
Quem
Tá em todo lugar
Não tem hora marcada nem se for preciso
Se enterrar dentro do chão
Mesmo sem direção
Mesmo sem direção
Depois do passatempo onde se esconderam
Os pedaços do limão??
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4. |
Tem
03:03
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Tem
Tem que existir
Tem que ser campeão
Tem que provar que pode, sim
Tem que entender o que de fato aconteceu
Tem que cuspir, bater, jogar, entrar de vez no hall
Tem que ter terno, éter, querosene, goma de mascar
Tem que marcar a área já contaminada, separar da clara
Tem que coser a malha do perdão, da falha, discutir o teto dos ladrões
Tem que crescer a massagada parda, kamikase, fraude, exagero junkie, abre o show da tarde, canto pra ninguém
"Necessitamos de alguma coisa muito mais profunda, muito mais relevante, e o homem sempre esteve a perseguir, a buscar essa coisa nos tempos, nas reformas, por meio de toda uma variedade ditos sociais e sanções religiosas. Temos percorrido todas as galerias desse labirinto. Prestando atenção a essa situação percebemos claramente que não chegamos à parte alguma e, sim, caimos invariavelmente numa espécie de desespero. E nesse estado ficamos vivendo, a racionalizar nosso desespero, a dar-lhe um significado intelectual. Ou ainda aceitamos crenças tradicionais, retrocedemos ao passado, e nesse refúgio ficamos vivendo como cegos, sem pensar, sem duvidar, a aceitar, porque isso nos proporciona consolo e aquieta a mente indagadora."*
Tem
*texto de J. Krishnamurti
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5. |
As Paredes do Hall
04:14
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Olha que eu estive lambendo
As paredes do hall
As paredes do hall
As paredes do hall
Mas é que eu estive encucado
Com as paredes do hall
O hall é feito de giz
Aos poucos pode quebrar
As paredes do hall
As paredes do hall
As paredes do hall
As paredes do hall
Pra que possamos descansar
Tive contando os tijolos
Das paredes do hall
Das paredes do hall
Das paredes do hall
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6. |
Delilírio (Reprise)
00:51
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7. |
Muito Demais
03:42
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Espreita as mães
Paranormais
Dos motoboys
A circular
Nós croissants
Basquiat
James Joyce
Glauber Ró
John Coltrane
Dá peito as mães
Dá peito as mães
Estou confuso mas Confúcio também era
Estou com um olho na esfera outro na esmola
De hora em hora o de agora tá por fora
E a meretriz mais que nós é bem feliz
Posso te ajudar a recolocar a tampa do frasco onde devia?
Lá vai Maria fofocar na livraria
Tô sonolento mas Sêneca também tava
Tô cem porcento mas também tô sem palavra
Isso é capricho, bicho
Tudo isso é fictício
Tá na cabeça, sem GPS, tá por detrás
Aconteça o que aconteça ao que parece é muito demais
Muito demais...
Me coloco ao seu dispor
Lixo as unhas de novembro pra abrandar
Quem não teme a própria sorte não esquece a direção
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8. |
Homenzinho
03:18
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Homenzinho, homenzinho
Debaixo da terra
Pela porta espia
Pela morte espera
Quando ama espirra
Quando amado emperra
Xerocar
Quem dá mais?
Homenzinho, homenzinho
Sobre a carne seca
Bate em retirada
Bóia no tempo
Caça animais
Sangue, fermento
Dentro e fora
Coagular o que for
Difícil pensar
Tá desatento
Vai a Plutão
Seu passatempo é
Dar com os dentes
Na escuridão e gritar
Por religião
Homenzinho, homenzinho
Homenzinho, homenzinho
Homenzinho, homenzinho
Little man, dirty man
Little, dirty, rubble man
Little man, busy man
Little, busy, funny man
Little man, boring man
Little, boring, fatty man
Little man, jealous man
Little, jealous, ugly man
Homenzinho, homenzinho
Entre as aspas sujas
Matando as formigas
Ao redor do prato
Enxota as galinhas
Conta os guardanapos
Atacar
Viva os sais
Mirenais
Quem de nós?
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9. |
Delilírio (Karaokê)
02:04
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10. |
João Normal
03:12
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João Normal
Filho da Senhora Norma
Natural
Pai de Normalito
Irmão de Normando
Viver requer onde e quando
João Normal
Orgulhoso sobrenome
Surreal
Já nasceu aflito
Vai morrer tentando
Ser bandido nesse bando
De tão normal se complicou
"Prazer, me chamo Mondrian"
Podia ter sido robô
E cuidar
Do jardim
Mas quizá
Só assim
Estará
Dentro de si
Pra quem ainda não sacou
João Normal nunca existiu
Ele é uma parte do que sou
Louco e são
Bem e mal
Quer feijão
Quer know how
E gritar
A todo vapor
Sou isso que sou
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Heitor Dantas Salvador, Brazil
Compositor, artista sonoro e produtor musical. Sua pesquisa se baseia na criação de estruturas para improvisação e na
criação de instrumentos elétricos.
Desenvolve parcerias com Nancy Viégas, Negro Leo, Manu Maltez, entre outros.
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